terça-feira, 19 de setembro de 2017

Prémios GPS 2016

Olá!
Aqui a super querida (not) SoloMS está de volta. Pois é! Vamos ver durante quanto tempo 😀


Logbook do evento (GC799E4)



No passado Sabado, dia 16, assisti pela primeira vez à cerimónia da entrega dos prémios GPS 2016, e pela primeira vez tive uma cache nomeada, embora não tivesse sido finalista. Mas é sempre motivo de orgulho. Desde já um muito obrigado a quem deu favorito à Did You Break the Code?  (GC6MVF7) que já vai nos 35 e em quem votou na cache durante a votação dos prémios.





O dia até começou bastante cedo e decidi convidar o meu camarada ludico79 para fazer umas caches por Setúbal e o que é certo é que saímos de casa já passava das 14h30.




Sempre adorei esta cidade mas é certo que tem vindo a melhorar ao longo dos anos, e com a cerimónia a decorrer lá não poderia deixar de visitar uma vez mais. Cada vez mais sou fã de Setúbal (há certas e determinadas camaras municipais que podiam pôr a vista nos trabalho das autarquias vizinhas, e este é um dos casos. Sim Barreiro, estou a falar para ti!).


As poucas caches que fizemos levaram-me a sítios completamente novos e desconhecidos, o que dá ainda mais gosto de fazer geocaching.



Pelourinho de Vila Nogueira de Azeitão (GC74KVB)


Começámos por Azeitão para colocar uns sorrisos em falta, passando pelo Bacalhôa parque, visitando o Pelourinho e, de seguida, as árvores (oliveiras) centenárias que ali estão, mesmo à beira da estrada, e que passam despercebidas aos viajantes.

Seguindo para Setúbal, finalmente uma cache que teimava em ficar para trás, sorriu! Visitámos recantos desconhecidos, visitando bairros antigos, outros mais recentes, e assim se passou um excelente dia em excelente companhia.




Finuras (GC6Z0KG)


Na zona ribeirinha uma fonte que até então tinha passado despercebida, a fonte dos golfinhos, situada na Avenida Luisa Todi foi um bom recanto para uma fotografia e fazer uma cache mais adiante. Pelo que sei, a fonte já existia mas havia sido vandalizada, daí um dos golfinhos estar a mergulhar.



Fonte dos Golfinho - Avenida Luísa Todi



A recentemente remodelada zona da Praia de Albarquel é do melhor para um passeio à beira mar, ver o pôr do sol, beber uma bebida fresquinha na esplanada, jogar basquetebol ou futebol num dos ringues ali construidos ou, ainda melhor, procurar umas caches!


(GC7A2V9)



Foi precisamente aqui que demos por concluída a busca de caches, embora com um DNF (Did Not Find) e seguimos para o Burger King jantar e, obviamente, atrasarmos-nos para a cerimónia... ah! Afinal ainda esperámos uma meia hora para que começasse, porque afinal não estávamos assim tão atrasados. 

Hora de recolher a coin (o código já está na secção de TB's) alusiva a Setúbal e, claro, o geopt tinha de lá estar para nos fazer gastar mais dinheiro. Mais uma coin para a colecção!




A cerimónia começou, fantástica e os prémios foram, certamente, todos muito bem entregues. Parabéns a todos os nomeados e, especialmente, aos vencedores.
Mas o momento mais marcante da noite foi quando a cache vencedora da Guarda leu (embora tivesse cortado certas partes, compreensivelmente) um dos poemas mais fantásticos de Bocage. Eu como não sou de meias medidas, aqui vai:





"A Água"



Meus senhores eu sou a água

que lava a cara, que lava os olhos

que lava a rata e os entrefolhos

que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.




Meus senhores aqui está a água

que rega a salsa e o rabanete

que lava a língua a quem faz minete

que lava o chibo mesmo da raspa
tira o cheiro a bacalhau rasca
que bebe o homem, que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão.




Meus senhores aqui está a água

que lava os olhos e os grelinhos

que lava a cona e os paninhos

que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho




Meus senhores aqui está a água

que rega rosas e manjericos

que lava o bidé, que lava penicos

tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber ás fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e

lava a boca depois de um broche.


Obrigado por isto! Sim! Porque vocês não sabem a festa que foi dentro do carro do ludico79 no regresso a casa quando o Cláudio foi pesquisar o poema e o começou a contar, em voz alta. Ai as lágrimas de tanto rir! 😃 




Por fim, agradecer à equipa Bocage ConVida pelo excelente evento que serviu para criar novas amizades, descobrir novas caches e recantos desta linda cidade, e para criar memórias fantásticas.
Obrigado geopt pela excelente cerimónia e por todos estes anos de alegria.




Para o ano há mais, e novos projectos já estão em mente 😀

Aqui estão as caches vencedoras de 2016:

AÇORES -  GC6QDWQ - Homem vs Natureza - (Caminho Água da Gorreana) by Henrique Silva - Letterbox 
AVEIRO - GC6BKMD - Uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa!!! by carlixx - Mistério
BEJA-  GC6EFFM - Peça por Peça by Lince Ibérico - Tradicional
BRAGA- GC6PG8N - 7 Sombras by InvisibleCatchers + Miguel_arq - Letterbox
BRAGANÇA- GC6NMM2 - "aquanto a lhéngua fur cantada" by ZéSampa, J.Greg, clcortez - Tradicional
CASTELO BRANCO- GC6H2CE - Cordilheira das Caches #32 (Bónus) - Serra Muradal by ruben.salta92 - Enigma
COIMBRA- GC6JQ6Z - Nossa Senhora do Geocaching by Os Pontos Cardeais - Letterbox
ÉVORA- GC5KRT1 - Planícies Alentejanas - Évora by Geo Alentejo - Tradicional
FARO- GC6DT3G - Moinho do VG by André.Lúcia - Tradicional
GUARDA- GC6TJKX - Mor3na na Estrela para >18 by difus3 & Peufrásio - Tradicional
LEIRIA- GC5K2AE - Fuga da prisão by L0VED - Letterbox
LISBOA- GC696RX - LISBOA a caminho de Santiago/Fátima [1/3] by betopinho - Tradicional
MADEIRA- GC6GFTW - Salto do Patagarro by luisftas - Tradicional
PORTALEGRE- GC60GEM - Pego do Inferno by CBarros - Tradicional
PORTO- GC691R3 - A Casa do Mickey Mouse by He_Lu / MariaVB / MrºTim (Civitas) - Tradicional
SANTARÉM- GC6CB0X - My Precious!!!! - B50 by bmps2003, Abelha Maya, Prodrive, Lusitana Paixão - Letterbox
SETÚBAL- GC6HHPH - Palmela terra com história! by Zenites - Mistério
VIANA DO CASTELO- GC6MBBE - C.O.B.R.A.S. by AM Team - Mistério
VILA REAL- GC6CF1J - Circuito Internacional de Vila Real [New Racing] by Timon i Pumba Team - Wherigo
VISEU- GC6VWDB - Gervásio, o bombeiro milionário. by vicente10 - Letterbox


MELHOR RECIPIENTE:
LISBOA- GC696RX - LISBOA a caminho de Santiago/Fátima [1/3] by betopinho - Tradicional


MELHOR LOCAL:
SANTARÉM- GC6CB0X - My Precious!!!! - B50 by bmps2003, Abelha Maya, Prodrive, Lusitana Paixão - Letterbox

MELHOR AVENTURA:
SANTARÉM- GC6CB0X - My Precious!!!! - B50 by bmps2003, Abelha Maya, Prodrive, Lusitana Paixão - Letterbox



MELHOR CACHE NACIONAL 2016:
BRAGA- GC6PG8N - 7 Sombras by InvisibleCatchers + Miguel_arq - Letterbox




PS: Mais fotos na página do Facbook ou Instagram

terça-feira, 28 de março de 2017

Visão Sobre o Barreiro

Olá Pessoal! 😁
Hoje venho aqui partilhar a minha visão sobre a cidade onde nasci, cresci e ainda resido.
Quando se fala em Barreiro lembro-me da minha feliz infância em jardins e em tempos que ainda se podia brincar na rua, em que os perigos eram cair e esfolar um joelho. Belos tempos.



A cidade do Barreiro hoje, e digo o que sei que muitos pensam, é uma cidade de abandono, degradação e poluição. O que os meus amigos da minha idade pensam, e com razão, é sair desta cidade o mais depressa possível.

Vamos começar!
Como geocacher visito muitas vezes os concelhos vizinhos, e o que noto mais e que pouco há na nossa cidade são espaços verdes. Vamos falar sobre os espaços verdes no Barreiro. Temos alguns, é verdade. Temos o Parque Catarina Eufémia, que pouco ou nunca é tratado, onde a relva já quase não existe e os arbustos parecem algo plantado para ninguém fugir dali, como se alguém estivesse ali preso. 
Há o Parque da Cidade que vai igualmente estando degradado, servindo apenas para os eventos que de vez em quando se lembram de os realizar. As casas de banho estão fechadas, os cafés estão fechados, o lago é verde... 



Existe o Jardim conhecido como "4 cantinhos" que é caso para dizer que se encontra num estado vergonhoso. Chão a saltar, ervas daninhas, já não há relva, lixo em tudo o que é canto.
E temos o melhorzinho que se encontra na Avenida Bento Gonçalves (para nós Avenida da Praia), que sofreu obras e mantém o seu espaço verde, e o Passeio Augusto Cabrita foi sem dúvida uma lavagem de cara nesta avenida, com uma ciclovia e tornou-se num espaço à beira mar bastante agradável para uns passeios em dias de sol.
Falta ainda o pequeno jardim do Bairro Ferroviário em que os arbustos já nem folhas têm, apenas ramos.
Com tantas obras e tudo mais, o que é que a autarquia terá a dizer sobre isto? Provavelmente o "não tenho dinheiro"



Valha-nos a Mata da Machada, que tem umas belas mesas de picnic  com uns grelhadores todos jeitosos. Ah... espera lá... e as casas de banho?! Não há! "Há aqui muito mato a casa de banho não faz falta". Construiu-se uma casinhota, que ninguém sabe muito bem o que é nem para o que serve. Mas a retrete não é necessária! E o lixo? Frequento com bastante frequência a Mata da Machada e na semana passada estive lá a almoçar e reparo que o mesmo caixote do lixo continua a abarrotar e com os mesmos sacos de há um mês atrás. E a recolha de lixo neste locais? Só quando há eventos!

Agora falemos das obras.
Nos últimos anos temos visto obras pelas mais diversas ruas do Barreiro. A Avenida Bento Gonçalves sofreu uma "lavagem" total. Nova estrada, ciclovia, modificação dos lugares de estacionamento. Ma e aquelas lombas que mais parecem minas que estão ali enterradas? "O autocarro avariou... bateu no chão". Uma estrada em que andas a mais de 30 km/h é um suicídio para o carro. Se calhar é melhor mandar o orçamento das suspensões do carro para a Câmara Municipal ou para o engenheiro destas belas obras. 



Falemos agora da Rua Miguel Pais, que já tem uma cratera nuclear mesmo junto ao Bola 9 e, tal como a rua anterior, lombas igualmente exageradas.
E a Rua Heliodoro Salgado é a que me espanta mais. Nunca, em 23 anos, tinha visto esta rua inundada. Depois das obras, e ao ver que a rua em vez da típica inclinação para o escoamento da água, estava toda a direito, seria de esperar o que iria acontecer. Basta uma pequena quantidade de chuva para a rua ficar inundada. E pintar os lugares de estacionamento? Não vale a pena porque já toda a gente sabe como se há de estacionar. Mas como o estacionamento do bom português é "fica assim e que se lixe" também não há motivo para muita preocupação.



E falando das obras mais recentes na Travessa do Guedes (para a malta mais antiga do Barreiro, Mercantil), que demoraram uma semana (ou mais!) a alisar o terreno e a pôr gravilha que com as chuvadas de Abril vai voltar tudo ao mesmo. Mas limpar a zona e remover as ervas sobrenaturais que ali estão não é necessário. Para quê? Vai crescer outra vez. O pior de tudo foi as máquinas que usaram para estas obras. Eu passo a explicar: eu estava a almoçar em casa da avó quando todo o edifício começa a tremer e a loiça a tilintar como se de um sismo se tratasse. Junto a edifícios em risco de ruir! Mas esta gente não tem noção dos perigos? Há uma habitação nesta mesma rua cuja varanda se encontra em perigo eminente de ruir. A protecção civil colocou lá uma fitas de protecção que passados dois ias já lá não estavam, mas vamos fazer obrar e abanar com esta gente toda para ver se alguém leva com uma pedra na cabeça.



E já que estamos numa de falar de degradação e começando pelo Barreiro Velho. Uma zona história da cidade, que deveria ser tratada está completamente ao abandono e o património municipal, como as típicas casas com azulejos, foram esquecidas.
Os moinhos de Maré (Pequeno, Grande, do Brancamp e do Cabo) poderiam ser restaurados e requalificados (há inclusivamente umas placas com desenhos a dizer "poderia ser assim". Um bem haja a quem teve essa ideia) mas estão a dar o seu último suspiro para caírem de vez. O Moinho de Maré Grande podia ser perfeitamente um pequeno espaço de lazer ou até mesmo um Museu da Água, como sugerido pelo autor da placa. 
O Moinho de Maré do cabo poderia ser arranjado e ser transformado em miradouro, por exemplo. Este moinho até se encontra com uma vista privilegiada para o Barreiro e concelhos vizinhos, e pode-se observar várias espécies de aves.



Há pouco tempo, e claro durante um passeio geocachiano, visitei um moinho no Seixal e foi restaurado e transformado em museu, com informações bastante úteis e que nos dá a oportunidade de adquirir novos conhecimentos. Esse moinho recebe também diversas exposições. E no Barreiro? Vamos deixar tudo cair e o entulho ficará no rio para toda a eternidade.
O Moinho de Maré do Braacamp poderia muito bem de servir de um pequeno museu sobre as fábricas que existiram junto a este mesmo moinho e sobre a industria fabril no Barreiro (mais um exemplo). 

O Moinho de Maré Pequeno poderia servir para uma galeria de arte ou um pequeno espaço de convívio.



Falemos agora da minha zona favorita do Barreiro, onde eu ia andar de bicicleta todos os dias com o meu avô a ver os barcos e os comboios a passar. A estação Ferroviária Sul e Sueste é só um dos muitos exemplos de arquitectura de séculos passados e um exemplar bastante bonito. Eu sei isto porque cheguei ali a apanhar o comboio para Évora várias vezes e a estação só foi desactivada em 2006 ou 2008. Sempre se falou que iria ser um museu.... mas as chapas já caíram, bocados de parede cederam, e nada de museu. Se todas estas ideias fossem aplicadas já viram como o Barreiro seria um bom ponto de turismo e o quanto iria render em dinheiro? Além do mais um museu sobre a CP e a história dos comboios seria também algo bastante interessante.

Todo aquele troço serve apenas para as pessoas estacionarem os seus carros quando vão trabalhar. Um estacionamento remodelado também já era de valor.



E o Palácio do Coimbra que, segundo sei, não tem dois mas sim três andares. Cave, rés-do-chão e primeiro andar. Pelo que ouvi dizer, o R/C servia para o comércio e o primeiro andar era área residencial.

E os Moinhos de Vento de Alburrica e do Jim que só abrem uma vez por ano?

Estes são apenas alguns exemplos do abandono e degradação existentes no Barreiro.



Falemos agora da poluição. Algo que sempre me fascinou foi o Dia B. Munícipes todos unidos a limparem a porcaria que fazem nos outros 364 dias do ano. Sim, a autarquia tem alguma culpa em não manter os espaços limpos, mas a culpa é maioritariamente de quem cá reside que está constantemente a atirar lixo para o chão. Há coisa de um mês vi algo que me deixou estúpida e revoltada ao mesmo tempo. Na prática de Geocaching observo uma senhora que vem com uma revista na mão. Isto ocorreu junto à antiga estação ferroviária. Eu estava na minha vidinha e junto a mim estavam outras duas pessoas também na vida delas e eis que, para meu espanto (nem sei porquê, já deveria estar habituada) a mulher aproxima-se da muralha e atira a revista para o rio. Passou-me todas as palavras diabólicas pela cabeça para chamar àquela criatura, mas infelizmente mantive-me calada e segui o meu caminho.
É ridículo como o nosso país e, neste caso especifico, o Barreiro têm destas coisas constantemente. Belos tempos em que havia policia municipal!  



Agora que se fala nisso, e a poluição visual? Vão sendo escassos os edifícios no barreiro que não tenham um rabisco ridículo, de gente que se sente importante, nas paredes. O edifício da câmara começa a parecer um logbook, de tantas assinaturas que tem. 
Os murais de graffitis no Barreiro dão outro aspecto à cidade, pois dão, mas também ao que parece passam a mensagem de "isto é arte, eles podem eu também posso". E assim vai estando tudo com assinaturas às cores nesta cidade.
Mas quanto à estupidez humana só há uma solução, mas vai ficar guardada para mim. Porque hoje em dia vale estacionar o mais perto possível de casa, mesmo que isso inclua estacionar o carro em cima do passeio com um lugar de estacionamento mesmo ao lado, estacionar em cima de passadeiras, deixar dejectos dos patudos no chão, deitar lixo para o chão... porque o ser humano hoje em dia só tem direitos e não tem deveres. Não queriam ler isto? Mas lêem! Porque a cidade do Barreiro é uma cidade suja e poluída por causa de vocês, cidadãos! E quando forem votar nestas próximas autárquicas, não pensem no que é que o vosso presidente pode fazer pela cidade, mas sim o que vocês podem fazer por ela. A autarquia tem culpas? Tem, mas nós temos grande parte das culpas.



Agora coisas boas no Barreiro... são escassas! Felizmente existem espaços verdes, poucos e mal tratados mas existem. E algo que me agrada bastante no Barreiro é a agenda cultural. Além de sempre preenchida, há uma variedade de espectáculos e para todos os gostos no Auditório Municipal Augusto Cabrital. Valha-nos isso! Afinal este não foi mais um mono que aí ficou.
Sinceramente acho que é só.



Até à próxima! 😀

segunda-feira, 27 de março de 2017

Listings: Touro Bravo

Olá Pessoal! 😄
Não sei se vocês são, ou não, amantes de touradas. Eu pessoalmente não gosto, mas há sempre coisas interessantes para descobrir.



Touro Bravo

O touro, também chamado de touro bravo, designa as espécies masculinos bovina que desenvolveram uma população heterogénea, seleccionados e são criados para uso em diferentes touradas, como touro ou touros. Vêm de raças locais da Península Ibérica, conhecida como "tronco ibérico", que desde tempos imemoriais levou as formas mais primitivas de touradas. Caracteriza-se por instintos atávicos de defesa e temperamentais, resumidas no "bravura" e os atributos físicos, tais como grandes chifres para a frente, são uma locomotiva poderosa.

Pega

Após a lide do touro pelo cavaleiro tauromáquico é comum entrar em cena o "Peão de Brega" (figura subalterna do Cavaleiro, que tem como função posicionar o toiro da melhor forma, seja para a lide a cavalo ou para a pega ) que efectua algumas manobras com um capote posicionando o toiro, normalmente junto às tábuas, de forma a que o Grupo tenha espaço para o pegar. De seguida entram em cena os forcados. Os forcados são um grupo amador que enfrenta o touro a pé com o objectivo de conseguir imobilizar o touro unicamente à força de braços. Oito homens entram na arena, sendo o primeiro o forcado da cara, seguindo-se os chamados ajudas, o primeiro e os segundo ajuda (os mais determinantes), em quinto o rabejador (o chamado "leme" do Grupo, que segura no rabo do toiro, procurando deter o avanço do animal e fixá-lo num determinado local para que quando os forcados o largarem este não invista sobre eles e normalmente, por espetáculo, costuma dar voltas com o animal) e finalmente os terceiros ajudas que também ajudam na pega. A pega só está consumada se o forcado da cara se mantiver seguro nos cornos do toiro e este seja detido e imobilizado pelos seus companheiros. Nas touradas em que os touros são lidados a pé não existe pega. Os Forcados nasceram por volta de 1836 quando a Rainha D. Maria II proibiu a morte dos toiros na arena, e havendo, assim, necessidade de terminar a lide dos cavaleiros com um qualquer gesto de domínio do homem sobre o animal. Antes de cumprirem essas funções os "Moços de Forcado" era os guarda reais durante as corridas de toiros, que impediam que o animal ou outras pessoa não autorizada subissem ao camarote real.

Património

Em França, as touradas foram consideradas como parte do Património Imaterial e Cultural francês. Madrid também declara as touradas como Património Imaterial e Cultural. Em Portugal, 32 Municípios declararam a Tauromaquia como Património Imaterial e Cultural, como por exemplo nas Autarquias de Sabugal (Guarda), Barrancos (Beja), Pombal (Leiria), Alter do Chão, Monforte e Fronteira (Portalegre), Azambuja , Coruche (Santarém) ou Graciosa (Açores), assim como a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), que inclui todo o distrito de Évora. Existe actualmente um projecto de elevar a Tauromaquia a Património da UNESCO, para além de um outro projecto que pretende elevador o tradicional "Forcão" (típico da região da Guarda, na Beira Alta) a Património Imaterial e Cultural da Humanidade.

Críticas

Os grupos de defesa de direitos animais e de bem-estar animal criticam as touradas por considerarem que consistem num ato injustificável de crueldade, que não se insere dentro das tradições humanistas.

Em Portugal, cinco autarquias posicionaram-se contra a realização de actividades tauromáquicas nos seus concelhos, Viana do Castelo, Braga, Cascais, Sintra e o presidente da câmara de Faro .

Em Espanha, também existem zonas estas estão proibidas. Em primeiro lugar foram as Ilhas Canárias, com a aprovação em 1991 da Lei de Proteção de Animais. Duas décadas depois, em Julho do 2010, o parlamento de Catalunha aprovou uma Iniciativa Legislativa Popular - que contou com 180 000 cidadãos - levando à proibição de qualquer prática de tourada, com a exeção dos Bous al Carrer.

Apesar do estatuto de Património Cultural e Imaterial em alguns municípios portugueses, um estudo académico realizado em 2007 pelo ISCTE, a pedido de uma associação de defesa dos direitos dos animais, mostra que 56,1% das pessoas inquiridas num inquérito de abrangência nacional responderam ser a favor de uma proibição legal das touradas.

No entanto o nº de Touradas, bem como de espectadores tem vindo aumentar todos os anos , especialmente no que concerne às corridas para beneficência social.



Cache by: Berlaita
GC4MC20

Espero que tenham gostado e até à próxima! 😄

quinta-feira, 23 de março de 2017

Listings: #2 MOINHO DE VENTO DO ESTEVAL

Olá pessoal! 😄
Vocês já devem ter passado por vários moinhos, e, talvez, alguns deles em estado de abandono. Felizmente há autarquias que restauram e reestruturam o seu património, dando-lhes nova vida e contando a sua história.

#02 MOINHO DE VENTO DO ESTEVAL

O Moinho de vento do Esteval, cuja construção data de 1826, localiza-se junto à Rotunda da Força Área, na freguesia de Montijo. Trata-se de um exemplo emblemático dos moinhos denominados do Sul de Portugal, com torre fixa e capelo rotativo.
No exterior do edifício, no topo da porta encontra-se um painel de azulejo representando a N. S.ª da Atalaia, símbolo das tradições religiosas do concelho. O Moinho do Esteval ou Moinho Velho funcionou até ao início do século XX. Foi reconstruído em 2000 sob a responsabilidade da Secção Portuguesa da Sociedade Internacional de Molinologia, ao abrigo do Programa de Renovação Urbana. A reconstrução respeitou a traça tradicional, mantendo o sistema de moagem em funcionamento.
O Moinho é caracterizado pela torre fixa em alvenaria de pedra cuja orientação é realizada por sarilho interior, é composto pela Torre, pelo Aparelho Motor Externo e pelo engenho de Moagem.
A Torre fixa é de uma sólida construção cilíndrica, ligeiramente cónica, com grossas paredes de pedra, é constituída por três pisos: o rés-do-chão, o soto e o sobrado. No sobrado localiza-se a moenda assente em vigas de madeira. No soto situa-se o urreiro. Os pisos superiores são servidos por um lanço de escadas em pedra, que se desenvolvem a partir do lado esquerdo da porta. A porta está orientada para Sul.
O Aparelho Motor Externo é composto pelo Capelo, pelo Mastro, pela Entrosga pelas Varas, Cordas e Velas. O capelo, a cobertura do moinho, tem a forma cónica constituída por uma estrutura radial em madeira forrada a chapa zincada pintada a negro.
Assenta no fechal de madeira cujas rodas encalham no fechal de pedra possuindo mobilidade rotacional. No topo do capelo foi colocado um cata-vento que se prolonga para o interior do moinho fazendo rodar um ponteiro que indica ao moleiro a direcção do vento. A entrosga está fixa ao mastro.
No topo do eixo vertical do moinho existe um carreto onde engrenam os dentes da entrosga, que fazem rodar o carreto.É assim que, a energia gerada no mastro pela acção do vento é captada pelas velas transmitindo movimento à mó. O moinho possui um casal de mós, sendo uma delas fixa e a outra móvel. O Mastro atravessa o edifício na diagonal e possui oito varas, quatro de velas e quatro de escotas.
Existem cinco mudas de velas: a vela, a meia vela, o velacho, o traquete e pontas. O moleiro abre as velas de acordo com o tipo de vento. O Engenho de Moagem é composto pelo Carreto, Veio, Casal de Mós, Tegão e Urreiro.

Cache by: zeganso
GC1ZTXZ

Espero que tenham gostado e até à próxima! 😄

segunda-feira, 20 de março de 2017

Listings: Quercus Suber

Olá pessoal! 😄
Para muitos de vocês, ao passarem por uma mata ou até por um simples parque, reparam que existem árvores, algumas delas diferentes. Mas não passam disso mesmo, árvores! Mas elas representam e simbolizam muito mais que isso. Têm mais importância do que pensam. 
E um sobreiro? O que é um sobreiro? Para que serve um sobreiro?

Quercus Suber





Em 2007 foi cunhada uma moeda comemorativa da presidência portuguesa do conselho da União Europeia, cujo tema principal é um sobreiro. Em 21 de Dezembro de 2011 a Assembleia da República aprovou um projecto de resolução que declarou o sobreiro como "árvore nacional".

O sobreiro, sobro, sobreira ou chaparro (Quercus suber) é uma árvore da família do carvalho, cultivada no sul da Europa e a partir da qual se extrai a cortiça. O sobreiro é, juntamente com o Pinheiro-bravo, a espécie de árvores mais predominante em Portugal, sendo mais comum no Alentejo litoral e serras Algarvias.
É devido à cortiça que o sobreiro tem sido cultivado desde tempos remotos. A extracção da cortiça não é (em termos gerais) prejudicial à árvore, uma vez que esta volta a produzir nova camada de "casca" (súber) com idêntica espessura a cada 9 - 10 anos, período após o qual é submetida a novo descortiçamento. O sobreiro também fazia parte da vegetação natural da Península Ibérica, sendo espontâneo em muitos locais de Portugal e Espanha, onde constituía, antes da acção do Homem, frondosas florestas em associação com outras espécies, nomeadamente do género Quercus.
A finalidade da cortiça é o fabrico de isolantes térmicos e sonoros de aplicação variada, mas especialmente na produção de rolhas para engarrafamento de vinhos e outros líquidos. Portugal é o maior produtor mundial de cortiça.
As folhas do sobreiro medem 2,5 a 10 cm por 1,2 a 6,5 cm, e são de cor verde escura e sem pelos. Têm forma denticular, uma nervura principal algo sinuosa e 5 a 8 pares de nervuras secundárias.
O fruto, como em outros carvalhos (Quercus spp.) é a bolota, também conhecida por lande ou ainda (mais correctamente) glande.
Distribui-se essencialmente pela Península Ibérica e por alguns locais mais húmidos do norte de África. Em Portugal predomina a sul do rio Tejo, surgindo naturalmente associado: ao pinheiro-bravo nos terrenos arenosos da Península de Setúbal, Vale do Sado e no barlavento algarvio; à azinheira (Quercus ilex) nalgumas regiões do interior alentejano, zona nascente da serra algarvia, Tejo Internacional e Douro Internacional; ao carvalho-cerquinho (Quercus faginea) na Estremadura, Alentejo Litoral e Monchique; ao carvalho-das-canárias (Quercus canariensis) na região de Odemira-Monchique; ao carvalho-negral (Quercus pyrenaica) em alguns pontos da Beira Interior e Alto Alentejo, como as Serras da Malcata, São Mamede e Ossa. Surge ainda em alguns pontos de clima atlântico com pluviosidades extremamente elevadas, como na Serra do Gerês, onde predomina nas encostas mais soalheiras.
O sobreiro é uma espécie que requer humidade e solos relativamente profundos e férteis, embora também tolere temperaturas altas e períodos secos de três a quatro meses, típicos do clima do sul de Portugal. Nas regiões a sul do Tejo o sobreiro comporta-se como uma espécie de folhagem persistente e possui folhas mais pequenas, rijas e escuras; quando surge nas regiões do norte do país, onde é menos frequente, tem um comportamento ligeiramente marcescente, e folhas maiores, mais finas e claras.
De uma forma geral, em Portugal o sobreiro predomina no Alentejo litoral, Península de Setúbal, Baixa Estremadura, serras algarvias (com excepção das regiões próximas do Guadiana) e parte do Ribatejo, tendo núcleos dispersos no resto do país.



Geocache by: FMBS
GC4YZHW

Espero que tenham gostado e até à próxima! 😄

quinta-feira, 16 de março de 2017

Moinhos de Maré do Barreiro

Olá Pessoal! 😄
O geocaching é uma maneira de ficar a conhecer a história dos locais e o património nacional. Muitos de vós já devem ter reparado que o abandono e a degradação são uma constante no nosso país. No Barreiro há vários exemplos disso, nomeadamente no que toca a antigas fábricas, edifícios históricos e, sobretudos, os moinhos de maré. Enquanto que os moinhos de vento têm sido restaurados e requalificados, os de maré, por sua vez, têm tido tristes dias e poucos lhes restam.



É o caso do Moinho de Maré Grande do Barreiro. No site da Câmara Municipal do Barreiro, a informação sobre o património da cidade é lamentavelmente escassa, o que obriga a uma busca sobre estes locais. 
Descobri este moinho e alguma da sua história através do Geocaching. Afinal não se trata apenas de encontrar tupperwares no mato. 
Este moinho foi edificado no século XVII e possuía 7 pares de mós. Acerca deste moinho não encontrei mais coisas, mas numa visita a um moinho de maré no Seixal, com o Viperbruno, fiquei a saber que os moinhos de maré só trabalham com a maré vazia e é a razão pela qual os moinhos se situam junto a rios. 



Os moinhos de maré são formados por uma caldeira que se enchia de água através da adufa (uma espécie de porta de água). Quando a maré enchia, a caldeira enchia-se de água e e fechando-se até a maré voltar a baixar. Quando a maré vazava abriam-se as passagens de água que faziam mover as moendas (ou pares de mós), que serviam sobretudo para o fabrico de farinha.



O Moinho de Maré Grande do Barreiro encontra-se actualmente neste estado, sobrando apenas as paredes e pouco mais.






Tal como o Moinho de Maré Grande, e ainda em pior estado, completamente em ruinas, encontra-se o Moinho de Maré do Cabo, também situado no Barreiro. Este moinho também só me foi possível a sua descoberta através do Geocaching.



O Moinho de Maré do Cabo foi edificado no século XVIII. Pertenceu a um titular, o 11º Marquês das minas, D. Alexandre da Silveira e Lorena, oficial da Casa Real, par do reino e engenheiro civil. Uma parte deste moinho moía trigo e cereais, por conta de José Pedro Maria da Costa, industrial de padaria na vila do Barreiro. A outra parte destinava-se ao descasque de arroz, por conta de Joaquim do Rosário Costa. Esteve em actividade até 1913.
De momento isto é o pouco que sobra deste moinho, apenas estas paredes e algumas saídas de água.




O património municipal deveria de ser uma prioridade para a autarquia, e não a criação de projectos que ficarão a meio.

Espero que tenham gostado e até à próxima!